Museu do Falso
O Museu do Falso é um Museu de Território, composto exclusivamente por um acervo proveniente de criadores e agentes contemporâneos, cada trabalhando na sua área directa de especialidade e competência, subordinando as suas criações/contribuições à premissa e conceito de “Simulacro”: E se um determinado evento tivesse ocorrido de modo diverso ao que efectivamente se verificou?
Deste modo possibilita-se a construção de “artefactos e documentos” que possam representar simultaneamente um revisitar da História; e, por outro lado, a adição de uma componente criativa directa. Os resultados desse processo existirão numa dualidade entre o “Falso”, evidenciado enquanto constructo e materializado na peça especificamente pensada e executada; e o “Verdadeiro”, o elemento ou bem cultural (de leitura patrimonial) pré-existente, sobre o, e a partir do, qual se cria.
Por tudo isso, se fará discutir a noção e pertinência das estruturas museológicas, o papel dos agentes criadores e, em última instância, a própria noção de História, como opção diária, dentro de uma lógica de “Ego História”.
O Museu do Falso, enquanto entidade, consagra uma lógica de participação aberta e a possibilidade de todo e qualquer interessado ser um potencial interveniente, quer pela amplitude de Núcleos e modelos de participação, quer pela possibilidade de, através de artefactualidades do domínio do ready-made, não se limitar a participação a quem possua particular ou destacada capacidade plástica ou artística. Assim e a par com o regime de criação artística, autoral e eventualmente curatorial, serão sempre mantidos processos complementares para a efectivação de criações partilhadas, colaborativas, e/ou espontâneas, bem como à criação directa por via comunitária. O anteriormente indicado, depende apenas ao assumir dos pressupostos conceptuais, Missão, Visão e Objectivos, inerentes e defendidos pelo Museu do Falso.
Missão, Visão e Objectivos
O Museu do Falso é uma instituição permanente sem fins lucrativos, sediada em Viseu (Portugal), pertença da e financiada pela Projecto Património/Memória Comum – Associação, perspectivada dentro de uma existência online de supervivência alargada e um modelo expositivo físico “pop-up”[1], de temporalidade variada, para o conjunto, ou parcelas, do seu acervo.
Assume como Missão, Visão e Objectivo, a divulgação da História Local (mormente do espaço fundacionalmente adstrito: o concelho de Viseu), procurando para tal estabelecer um vínculo entre os investigadores de pendor e sustentação académica inter-pares, no que ao conhecimento histórico diz respeito e a criação contemporânea concept-specific.
Sempre que possível recorrerá a agentes que possuam ou tenham adquirido/desenvolvido para com o espaço geográfico alvo (de um determinado Núcleo: forma pela qual se organiza o Museu) uma relação de pertença ou reiterado retorno. Efectiva-se a acção do Museu do Falso na sua permanência online ininterrupta – com actualizações periódicas – e na materialização de exposições, em espaços que o Museu do Falso considere válidos ou passíveis de transmissão do seu espírito e missão e salvaguardando o devido crédito e respeito pelas criações e fundamentações dos agentes envolvidos.
As obras físicas a integrar no acervo do Museu do Falso serão criadas especificamente para o mesmo, resultando da adição das perspectivas pessoais dos vários agentes envolvidos, uma colecção que se não funde numa visão unívoca da História embora tendo elementos (o Museu do Falso e a área geográfica/Núcleo) comuns às concretizações.
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[1] Consagrado por existências efémeras em espaços variados, no que, numa lógica museológica convencional seria uma multiplicidade de exposições temporárias.
O Museu do Falso — Núcleo Linguístico (2022) tem o Apoio
O Museu do Falso, para as peças incorporadas e atividades desenvolvidas, em 2021 e primeiro trimestre de 2022, teve como Parceiro Institucional