Epitáfio de João Brandão

AUTOR: Desconhecido
TIPOLOGIA: Artefacto arqueológico
DATA: 1884
N.º DE CATÁLOGO: #065
N.º DE INVENTÁRIO: MF.2022.011
PROVENIÊNCIA: Museu Terras de Besteiros – Museu Municipal de Tondela

Contextualização

In Gazeta Informativa do Centro, 10 de junho de 2022, pág. 2:

«A direção do Museu Terras de Besteiros – Museu Municipal de Tondela realizou, ontem, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, uma conferência de imprensa para anunciar a descoberta de um epitáfio que está já a revolucionar a historiografia portuguesa.
De acordo com o divulgado, o epitáfio foi descoberto durante os trabalhos de conservação e restauro da Capela de Santa Ana, um dos espaços que integram o Museu, enquanto se procedia à remoção, para limpeza, da laje funerária que se encontra no lado esquerdo do pavimento. Trata-se de uma pequena placa de xisto, com cerca de 21 cm de largura por 18 cm altura, contendo a seguinte inscrição incisa: HIC IACET IOHANNES B. MDCCCLXXXIV (em português: AQUI JAZ JOÃO B[RANDÃO] 1884).

Quando questionada sobre a possibilidade de tal placa se referir, de facto, a João Brandão, famoso salteador das Beiras, a diretora do Museu explicou que ainda é cedo para tirar conclusões definitivas, muito embora as evidências pareçam promissoras: “Todos pensavam que João Brandão tinha falecido em Angola mas, agora, abre-se uma nova linha de investigação baseada na hipótese de ele ter simulado a sua morte e ter regressado de forma clandestina a Portugal. Como teria medo de ser reconhecido na sua terra-natal, que é Tábua, devido aos crimes de que era acusado, poderá ter optado por viver em Tondela, mais precisamente no Solar de Santa Ana, beneficiando dos laços de amizade que mantinha com os proprietários do imóvel. Aquando da sua verdadeira morte, em 1884, é provável que tenha sido sepultado no interior da capela pertencente ao Solar, sob um manto de anonimato. O epitáfio, sabemos agora, foi escondido no interior do túmulo”.

Importa acrescentar que junto à placa de xisto foram também recolhidos alguns pedaços de tecido e um fragmento de papel, entretanto enviados para análises laboratoriais. Apesar do mau estado de conservação do papel, já é conhecido o conteúdo da parte inicial do texto ali escrito, que transcrevemos aqui: “Lá veio João Brandão / De fininho para Portugal / Tocando o seu violão / Lembrando que a padres nunca fez mal!”.

Esta incorporação, no acervo do Museu do Falso, teve Apoio

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