



Conjunto Associado aos Serões Conspirativos da “Casa Amarela”
AUTOR: Vários
TIPOLOGIA:
DATA: 1909/1911
Contextualização
Os aparos do escritor/lexicólogo Candido de Figueiredo recusavam-se/não conseguiam (não sei qual fará mais sentido?) escrever duas consoantes juntas*O que era estranho, eram aparos normalíssimos.*Curiosamente, conseguiam escrever o “c” precedido de outra consoante.
Enquanto professor, escritor e linguista, era inaceitável escrever de “maneira incorreta” (segundo definição do próprio – cacografia).
Aconselhando-se com o amigo, poeta e político Tomás Ribeiro, procuram soluções para o problema.
Em conspirativos serões na Casa Amarela (onde também funcionava a escola primária elementar de Lobão da Beira), residência da sua sobrinha e professora Branca de Figueiredo Santos, congeminam a simplificação da língua portuguesa, com a abolição da duplicação de letras consoantes (belleza) e da utilização dos grupos ph, th, rh…
Só assim, conseguiria manter a sua condição de reputado escritor e línguista.
A participação da sobrinha nestes serões revelava o espírito progressista do escritor.
Em 1911 é criada a Comissão da Reforma Ortográfica, da qual Candido de Figueiredo faz parte. Consegue então, finalmente propor e fazer aprovar a sua solução.
Carolina Michaëlis era a presidente honorária da dita comissão, facto incomum para uma mulher à época.
Foram necessários muitos anos até surgirem novos aparos que não conseguem escrever as consoantes “c” e “p” precedidas de outras consoantes ou até alguns acentos…
E outros tantos para o reconhecimento da importância das mulheres na vida portuguesa.
Esta incorporação, no acervo do Museu do Falso, teve como Parceiro Institucional
