Escultura Popular da “Mulher que Morreu de Amor”
AUTORIA: Habitantes da aldeia de Mosteirinho
TIPOLOGIA: Escultura
LOCAL DO ACHADO: Mosteirinho – Viseu
DATA: c. Séc. XVII
MATERIAIS: Cerâmica, Pasta de Papel, Musgo e lã
N.º DE CATÁLOGO: #034
N.º DE INVENTÁRIO: MF.2021.007
PROVENIÊNCIA: Liliana Velho
Contextualização
Morrer de amor é possível. Algures no séc. XVII, vivia uma mulher numa pequena aldeia chamada Mosteirinho, em Viseu. Conta-se que morreu de amor, esperando e desesperando por um companheiro que prometeu voltar a casa na Primavera mas que nunca mais retornou.
Os anos foram passando, e a angústia foi crescendo. Dizem que este sofrimento era tão grande que a levou a padecer de uma doença rara, cujos sintomas consistem em tossir pequenas pétalas, depois sentem-se dores fortes no peito, devido às flores que querem desabrochar no coração e nos pulmões, até chegar ao último estágio, em que ramos de flores inteiras desabrocham diretamente do peito, abrindo o corpo e levando-o à morte.
Dizem que foi assim que ela morreu. Com o aumento do desespero e com a progressão da doença isolou-se na floresta ali perto da aldeia, os habitantes não eram alheios a esta desgraça mas nada podiam fazer para a ajudar. Para evitar que isto acontecesse a outros construíram uma pequena ermida em sua honra, onde quem sofria de amores ia lá rezar e depositar belas flores produzidas pelos latoeiros da região. Este retrato foi feito para o altar dessa pequena ermida hoje extinta e as flores foram realizadas pelo Sr. António de Carvalho o último mestre latoeiro de Viseu.
Esta incorporação, no acervo do Museu do Falso, teve como Parceiro Institucional