Hino à Cultura Viseense
AUTOR: Desconhecido
TIPOLOGIA: Música
DURAÇÃO: 13m45s
Contextualização
A 1 de Janeiro de 1986, enquanto no Mosteiro dos Jerónimos Mário Soares, então Primeiro-Ministro de Portugal, assinava o Tratado de Adesão à Comunidade Económica Europeia, em Viseu, um grupo de cidadãos, consagrava a tentativa de uma Revolução: a Instauração da República Cultural Portuguesa, amplo projecto de sentido culturogárquico e com alguns laivos de Imperialismo, que em última instância criaram dissensões dentro do movimento e levaram à sua fragmentação em apenas 2H30m, tempo de apresentação do Hino à Cultura Viseense e leitura do manifesto – em certa medida replicando o efeito do “gémeo” movimento espanhol, cujo governo então vigente igualmente havia assinado similar Tratado e em cujas Províncias Autonómicas se procurou criar Repúblicas culturocráticas.
A previsão de culturas parcelares e locais, entendidas como suporte básico da diversidade e independência dos vários grupos e comunidades foi precisamente o pomo da discórdia entre os vários pré-signatários do manifesto que, confrontados com a versão final que anunciava “(…) a divulgação de um modelo alargado de acesso à Cultura produzida por meios garantidos pela República (…)” (artigo 2º, alínea b) criou na ala mais independente do movimento (nunca verdadeiramente nomeado) receios quanto ao modo de execução do manifesto e sobretudo quanto à efectiva capacidade de cada grupo ou comunidade poder alcançar autonomia criadora e executora.
De facto e não se conhecendo qualquer cópia do dito manifesto (em Portugal e em Espanha, no que se refere aos congéneres), foi possível apenas recuperar o Hino em K7 (presumivelmente pirata) e dela extrair uma cópia digital que agora se conserva e de algum modo dissemina pelos sites de P2P.